Técnicos de todo o Piauí participam de reuniões para discutir o processo de revisão e averiguação cadastral dos beneficiários do Bolsa Família. Uma recente fiscalização descobriu fraudes nos cadastros e surpreendeu o fato de um funcionário público com renda per capta anual de R$ 36 mil, estar recebendo o benefício. No Piauí, cerca de 446 mil pessoas são beneficiadas e terão que regularizar o cadastro até esta sexta-feira (26) , comparecendo a uma sede do Centro de Referência Assistência Social (Cras) ou posto de cadastramento nos municípios, portando documentos pessoais.

“Quem não regularizar o cadastro até amanhã terá o benefício bloqueado a partir do próximo dia 03 e cancelado em setembro. Também em julho, começaremos a segunda etapa, onde os beneficiários de programas como o Pronatec, Minha Casa MInha Vida e outros programas federais terão o cadastro averiguados e revisados para continuarem inseridos”, disse.

Em entrevista ao Notícia da Manhã, nesta quinta-feira (25), ele ressaltou que a revisão cadastral é importante para que os verdadeiros beneficiários sejam contemplados e não implique em perda de recurso público e, consequentemente, incorrendo em uma injustiça social.

“O cadastro único é autodeclatório, principalmente, por que a população de renda mais baixa tem dificuldade em comprovar a renda, os rendimentos. Muitas dessas pessoas não têm vínculo formal de trabalho e isso facilita a entrada nos programas sociais. O cadastro único não serve apenas para o Bolsa Família, mas para quase 35 programas do Governo Federal como Minha Casa Minha Vida, programa de cisternas, Pronatec, tarifa social entre outros”, disse o coordenador estadual do Bolsa-Família no Piauí, Roberto Oliveira.

Roberto Oliveira explica que pessoas que forem flagradas agindo de má-fé terão automicamente, o benefício cancelado. Para evitar fraudes, o coordenador destaca que estão sendo realizadas duas revisões cadastrais por ano.

“Na primeira etapa, já foi feito o cancelamento do benefício de várias famílias que estavam sendo acompanhadas há três anos e constatamos que eles estavam fora do perfil. Então, fizemos o cancelamento imediato e agora elas estão passando por uma averiguação, muitas receberão visitas domiciliares e se após essa fase for comprovado o dolo, estas pessoas terão que devolver recursos para o Governo Federal”, explica Oliveira.

Oliveira orienta ainda que famílias que saíram da linha de extrema pobreza atualizem o cadastro com a atual renda e façam o desligamento voluntário. “Essas pessoas terão a garantia de que, após três anos do cancelamento, poderão voltar ao programa, caso seja necessário”, finaliza.

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Com informações de Graciane Sousa do Cidade Verde

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