O delegado Emir Maia, gerente do policiamento do interior, disse que os criminosos responsáveis pelos dois assaltos a carros-fortesocorridos na tarde de segunda-feira (19) já foram identificados pela Polícia Civil. “Piauí ainda não é Rio de Janeiro ou São Paulo. Esses malfeitores que agem no nosso estado são os mesmos”, disse o delegado.

A suspeita é de que sejam homens já presos anteriormente pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). De acordo com o delegado Emir, o Greco já está com suas equipes em campo e o serviço de inteligência está contactando diversos estados limítrofes para tentar localizá-los.

O delegado Emir explicou que muitos dos criminosos presos pelo Greco em 2017 por crimes contra instituições financeiras já foram liberados pela Justiça. “O Greco prendeu ano passado mais de cem criminosos. Boa parte deles encontra-se em liberdade. E aí esses eventos voltam a acontecer. O indício é de que se trata das mesmas pessoas”, comentou.

Bandidos explodiram carro-forte no Piauí (Foto: Reprodução)Bandidos explodiram carro-forte no Piauí (Foto: Reprodução)

           Bandidos explodiram carro-forte no Piauí (Foto: Reprodução)

Outra evidência da autoria dos crimes é o modo de operação dos grupos, bastante semelhante entre si e com outros casos já investigados. O delegado Emir disse ainda que no caso de Água Branca, há indícios de que houve inclusive participação de moradores da região.

“Conversando com o delegado de Água Branca, ele revelou que o local onde o carro foi incendiado era de tão difícil acesso e conhecimento que com certeza houve a participação de malfeitores locais”, disse o degado Emir. Para o delegado, os bandidos podem ter informantes até mesmo dentro das empresas de transporte de valores.

Dois assaltos simultâneos

Dois grupos criminosos assaltaram dois carros-fortes durante a tarde de segunda-feira (19), ambos na BR 343. Em um dos crimes, ocorrido entre na estrada que liga as cidade de Campo Maior e Altos, R$ 1,2 milhão foi levado pelos bandidos. A quantia roubada do outro veículo não foi divulgada. Quatro vigilantes, dois de cada carro-forte, ficaram feridos. No primeiro, assim como no segundo assalto, um dos feridos foi para o HUT e outro para um hospital particular de Teresina.

Apenas os hospitais particulares divulgaram os estados de saúde. Um dos homens, atingido no primeiro assalto, foi baleado na cabeça e no tórax e seu estado é grave. O outro, baleado na perna, não corre risco de morrer. O HUT ainda não divulgou o estado de saúde dos demais.

A investigação da Polícia Civil identificou que cerca de 10 homens participaram do crime na cidade de Água Branca, e pelo menos quatro no assalto em Campo Maior. Os criminosos utilizaram armas longas para intimidar os vigilantes dos carros-fortes, e explosivos para abrir os cofres.

 Fonte: G1 PI
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